terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Visita de estudo ao Hospital Magalhães Lemos

               Data, duração e local de realização

·         27 de Janeiro de 2011
·         Das 14horas às 18horas (duração de 4horas)
·         Hospital Magalhães Lemos – Matosinhos

   Objectivos

O grupo tinha como objectivo:
·         Saber em que ambientes os doentes mentais estão inseridos;
·         Saber como é o dia-a-dia de um doente mental;
·         Quais os tratamentos de um doente mental;
·         A ajuda monetária que os doentes mentais recebem do Estado;
·         Quem interage com os doentes mentais;
·         Entrevistar o Director de Internamento do Hospital Magalhães Lemos (Dr. José Queirós) 
·         Perceber melhor o que é uma doença mental, tendo em conta a opinião dos especialistas;
·         Saber o quanto os familiares apoiam os doentes mentais;
·         Saber como os doentes mentais interagem com os funcionários do Hospital e pessoas de fora;
·         Saber o tipo de doenças que existe no Hospital;
·         Tomar conhecimento sobre quais as actividades que o Hospital oferece aos doentes mentais;

      Acções realizadas

Visita aos seguintes locais do Hospital:
·         Enfermaria
·         Cantina
·         Sala de lazer
·         Centro de actividades (pintura, tipografia, cerâmica, ….)
·         Recinto exterior (jardim, campo de futebol)
·         Sala de reunião com o director de internamento, José Queirós.
 Entrevista às seguintes entidades:
·         Sr. Dr. José Queirós (Psiquiatra/ Chefe de Internamento)
·          (psicóloga)
·         Elisa Justo (Enfermeira /Directora do departamento ambulatório)
·          (monitora)

                  Registo fotográfico da actividade 


Tiago, Dr. José Queirós, Janine, Márcia e Kika


Tiago Lopes, Dr. Queirós, Janine, Márcia e Sara (Técnica de Audio Visuais)

        Apreciação global da actividade (pelos dinamizadores e pelos destinatários)

O grupo considerou a visita ao Hospital Magalhães Lemos bastante produtiva, pois conseguiu obter mais informação do que estava previsto.
Antes de chegar ao Hospital o grupo criou expectativas com base no que ouvia dizer por pessoas comuns. O grupo pensou que só iria obter uma entrevista com o Sr. Dr. José Queirós, que o aspecto exterior do Hospital seria muito “prisional” (paredes altas, muita vigilância, poucos espaços verdes, os doentes andarem de bata e identificados), o grupo pensou, também, que os doentes passavam o dia fechados num quarto e que teriam actividades extra.
Após a visita, o grupo contrariou todas as expectativas criadas anteriormente, pois deparou-se com muitos espaços verdes, com funcionários super simpáticos, com bastantes actividades extra (piscina, futebol, basquetebol, teatro, dança, pintura, cerâmica, atelier de escrita, tipografia, coro, convívio entre os pacientes e funcionários), uma sala de lazer onde os doentes viam televisão, liam os jornais e revistas recentes, jogavam às cartas e jogavam bilhar.
O grupo reparou que a interacção entre funcionários e doentes era bastante amigável, em vez de terem só uma relação profissional também tinham uma relação de amizade. Criava-se, então, um companheirismo entre todos.
O grupo verificou que o ambiente onde os doentes estavam inseridos era equivalente ao da sociedade. Dentro do Hospital, os doentes podiam conviver com os funcionários e/ou visitantes com uma grande normalidade como conviveriam no seu dia-a-dia fora do Hospital.
Por fim, todas as expectativas que o grupo criou foram superadas pela positiva.


Conclusão final

Depois da visita ao Hospital Magalhães Lemos, o grupo apercebeu-se que ainda há muito estigma para combater.
É do conhecimento comum que há um estigma social ligado a quem é portador de uma doença mental. Este estigma ou preconceito negativo é alimentado por um conjunto de atitudes e comportamentos associados á pessoa portadora de doença mental. Uma intervenção eficaz no combate ao estigma associado á doença mental e, particularmente, no combate ao auto-estigma, passa, assim, por promover o “empowerment” pois, ou seja, reconhecer, valorizar e potenciar as suas competências.
Promover a formação e informação da população em geral, desmistificando determinados mitos associados á doença e às pessoas que dela sofrem, pode converter-se numa medida eficaz no combate ao estigma relacionado com a doença mental, enraizado na sociedade contemporânea. 
Concluindo, o grupo verificou que o Hospital Magalhães Lemos utiliza todos os meios possíveis para combater este estigma (as actividades extra e o ambiente sociável no Hospital).


Sem comentários:

Enviar um comentário